Testemunho antigo aos
livros do Novo Testamento
Segundo Halley[1]:
Clemente
de Roma, na sua carta aos Corítintios
(95 d. C.), cita Mateus, Lucas, Romanos, Coríntios, Hebreus, 1 Timóteo, 1 Pedro
ou se refere a eles.
Policarpo, na sua carta aos Filipenses (c. 110 d.C), cita Filipenses
e reproduz frases de nove outras epístolas de Paulo e de 1 Pedro.
Inácio, nas suas sete cartas, escritas por volta de 110
d.C, durante sua viagem de Antioquia a Roma para ser martirizado, cita Mateus,
1 Pedro, 1 João e nove das epistolas de Paulo, suas cartas também revelam o
efeito dos outros três evangelhos.
O Didaquê,
escrito entre 80 e 120 d.C., contem 22 citações de Mateus, tem referências a Lucas, João,
Atos, Romanos, Tessalonicenses e 1 Pedro e fala do “evangelho” como um
documento escrito.
A
epistola de Barnabé, escrita entre 90
e 120 d.C cita Mateus, João, Atos e 2 Pedro e emprega a expressão “está escrito”,
fórmula usualmente aplicada somente às escrituras.
Macião(d.C.140): Como herético gnóstico ele só aceitou o
evangelho de Lucas e dez das epistolas de Paulo. Mas seu testemunho, embora errôneo,
é esclarecedor e constitui importante marco na compilação da igreja e na aprovação
do atual cânon do Novo Testamento.
Hermas(d.C 150): Como renomado autor do altamente
respeitado Pastor de Hermas, ele autentica o evangelho de Mateus, Efésios,
aparentemente Hebreus e Tiago e notavelmente o Apocalipse.
Ireneu(d.C. 140-203): Como homem que em sua
juventude teve contato com Policarpo em Esmirna e, mais tarde, como bispo de
Lion, na Gália, ele dá testemunho dos quatro evangelhos, além de Atos, 1 Pedro,
1 João, todas as cartas de Paulo exceto Filemom e o Apocalipse.
Tertuliano (d.C. 150-222): Esse prolífico[3]autor
latino de Cartago atesta os quatro evangelhos, treze epistolas de paulinas, atos, Judas, e o Apocalipse. Fiel
ao princípio da autoria apostólica, rejeitou Hebreus, pois acreditava que o
autor era Barnabé.
Cipriano (d.C 200-258): Como bispo de Cartago, ele
acompanhou de perto Tertuliano no tocante a Hebreus, e não citou Filemom,
Tiago, a 2ª e 3ª carta de João nem
Judas.
Jerônimo (d.C 340-420). O grande tradutor da vulgata latina,
além de renomado estudioso, atestou todos os nossos livros canônicos do Novo
Testamento. Aceitou Hebreus como obra de Paulo e explicou como Tiago e 2 Pedro
vieram a ser reconhecidas. Sua opinião tem altíssimo valor.